Artigos da Heitor Borba Soluções em Segurança do Trabalho

HEITOR BORBA INFORMATIVO N 54 FEVEREIRO DE 2013


Recife/PE, fevereiro de 2013 – Exemplar nO 00054 – Publicação Mensal

Barreiras acústicas abertas – Parte II (Tirando dúvidas)




Em verdade este artigo não era para ter Parte II, mas como recebi muitos questionamentos de colegas da área resolvi colocar tudo num artigo e responder de vez a todos.

Todas as dúvidas foram consideradas neste texto. Portanto, é só continuar a leitura que seu questionamento vai ser tratado mais cedo ou mais tarde.

As principais perguntas foram:
  • Como calcular o valor do ângulo formado na barreira acústica entre a projeção da hipotenusa do triangulo representativo no lado da fonte com a hipotenusa do triangulo representativo no lado do trabalhador?
  • Essa tabela de atenuação serve para qualquer barreira?
  • Como posso calcular as distancias topo da barreira – fonte; topo da barreira - trabalhador?
  • Como posso saber qual o tamanho da barreira sem saber quais são as freqüências predominantes do ruído emitido pela fonte?
  • E se a altura do ouvido do trabalhador for diferente da altura da fonte?

Para instalar uma barreira acústica, primeiro você precisa saber quais são as freqüências médias predominantes do seu espectro sonoro, emitidas pela fonte, juntamente com as características técnicas do seu ambiente de trabalho, como por exemplo, espaço disponível, altura da fonte, etc

Caso não possua aparelho para medir o ruído dotado por filtros de bandas de oitava, vale a estimativa tirada da tabela abaixo:


As frequencias médias consideradas são as mais danosas ao ouvido humano porque são as faixas de operação da voz humana, ou seja, são as faixas que nossos ouvidos possuem maior afinidade. Porém, nada tem a ver com o espectro sonoro real emitido pela fonte.

A freqüência é inversamente proporcional ao comprimento de onda:  λ = v / f. Onde: λ = Comprimento de onda em metros; v = Velocidade do som no ar em metros por segundo; f = Freqüência em Hz. Considerando os grupos das freqüências mais importantes ou mais danosas ao aparelho auditivo, vemos que nessas médias o comprimento de onda maior é de 2 metros e 75 centímetros, sendo o menor de 4,3 centímetros. Temos aí um dado importante, mesmo que através de estimativa.

Uma barreira acústica de 3 metros consegue barrar a maioria das ondas sonoras emitidas pela fonte, claro, apenas nas frequencias médias consideradas:





Vamos supor que você queira instalar uma barreira acústica de 3 metros de altura (Já descontando a altura da fonte e do ouvido do trabalhador. Se houver diferença entre a altura da fonte e a altura do ouvido do trabalhador, não há problema porque o triangulo, nesse caso, gira por completo, não alterando os ângulos α e θ) e a uma distancia de 4 m da fonte de ruído para a barreira e de 2 m do ouvido do trabalhador para a barreira (desprezar a espessura da barreira). Isso, considerando que a barreira acústica é revestida por material isolante acústico, ou seja, o ruído transmitido através da barreira é desprezível em relação ao ruído gerado pela fonte.  A situação pode ser representada graficamente pela figura abaixo.


Percebemos que os ângulos α são iguais nas diversas posições indicadas na figura. Como também os ângulos  θ. Também, os ângulos opostos pelos vértices são iguais. Temos então dois triângulos retângulos. Como não temos os valores das hipotenusas dos triângulos (Caso queiram saber, calculem por Pitágoras), temos que calcular pela tangente do ângulo (Cateto oposto dividido pelo catete adjacente):

Para encontrar o ângulo θ: Tang θ = arctang 3/4 = tang-1 3/4 = 36,86 graus;
Para encontrar o ângulo α: Tang α = arctang 3/2 = tang-1 3/2 = 56,30 graus;

θ + α = 93,16 graus, aproximadamente  =  90o

Podemos calcular a atenuação em vários pontos da área onde os trabalhadores se localizam, estimando as exposições em cada posto de trabalho. Considerar a largura da barreira nesse cálculo.  Colocando os valores no quadro representativo das atenuações oferecida pela barreira, encontramos o valor estimado de 17,5 dB:




Finalizando:
  • Como calcular o valor do ângulo formado na barreira acústica entre a projeção da hipotenusa do triangulo representativo no lado da fonte com a hipotenusa do triangulo representativo no lado do trabalhador? R – Pelo arco-tangente dos ângulos;
  • Essa tabela de atenuação serve para qualquer barreira? R – Não. Apenas para barreiras dimensionadas e com nível de ruído transmitido desprezível;
  • Como posso calcular as distancias topo da barreira – fonte; topo da barreira - trabalhador? R - Por Pitágoras, pois os triângulos formados são retângulos (Possui um ângulo de 90 graus);
  • Como posso saber qual o tamanho da barreira sem saber quais são as freqüências predominantes do ruído emitido pela fonte? R – Estimando pela tabela das frequencias médias em bandas de oitava;
  • E se a altura do ouvido do trabalhador for diferente da altura da fonte? R – Sem problemas. Apenas a altura do triangulo deve formar um ângulo de 90 graus com a base.

Sucesso com a sua barreira acústica.



Falácias da Segurança do Trabalho


Veiculadas principalmente em Blogs voltados para os interesses de alguns, as Falácias da Segurança do Trabalho acabam mais por confundir do que por explicar aos profissionais e empregadores.

Entendo que Blogs são criados para satisfazer aos interesses dos seus criadores, mas devemos atentar para o fato de que artigos de cunho científico ou legal devem ser devidamente embasados na legislação e na ciência, contendo fontes indexadas, preferencialmente com revisão de pares (peer review), como são os livros didáticos. No entanto, o critério científico e legal parece ser um ente desconhecido por muitos “experts” em segurança e saúde ocupacional do nosso País. A falta de conhecimento leva o autor a apelar para a autoridade desconhecida, como por exemplo: “Estudiosos afirmam...” ou “Especialistas dizem...”, etc Mas sem nenhum cunho com alguma fonte confiável que embase a sua alegação. Essa incapacidade leva o autor a produzir as famosas “Falácias da Segurança do Trabalho”.

Essas falácias levam vários profissionais preguiçosamente desinformados a ficarem enchendo o saco dos outros com boatos veiculados nesses meios de (des)comunicação.   Aceito toda e qualquer refutação, desde que embasada nos critérios corretos aplicáveis ao assunto. 

Segurança do trabalho é uma ciência e deve ser tratada como tal. A legislação técnica, como é o caso das normas regulamentadoras são elaboradas com base na metodologia científica e não ao contrário. Os limites de tolerância da NR-15, por exemplo, foram definidos após a comprovação científica. Portanto, o embasamento legal é científico.

Tomei conhecimento também de alguns “Cúmulos da Segurança do Trabalho”. Pois é, existem esses também. Numa certa obra, de um dos Estados da nossa gloriosa Federação, um profissional da área implantou uma medida preventiva inédita no mundo: Mandou rezar uma missa (com direito à aspersão de água benta e tudo mais) objetivando parar os acidentes fatais que estavam ocorrendo com freqüência na unidade. Após cotação de preços para ver qual profissional religioso cobrava mais barato e dava garantias pela assessoria em segurança ocupacional, o tal padre foi contratado com todo aparato profissional que não tinha direito. Porém, a garantia estipulada não durou muito. Dois meses após desse evento ocorreu outro acidente fatal. Exatamente no guincho onde o monge havia gasto dois baldes da água benta para exorcizá-lo, considerando que já havia ocorrido um acidente fatal anterior nesse mesmo equipamento.   

Claro que jamais revelarei a identidade desse profissional e tampouco direi, se técnico, tecnólogo ou engenheiro de segurança do trabalho.

Tudo isso denota um ensino precário, fundamentado apenas no repasse superficial de conhecimento e sem nenhum cunho científico. Na verdade, faz tempo que as escolas não geram conhecimento. O máximo que conseguem é repassar conhecimentos. E são esses profissionais que estão soltos por aí, misturados aos verdadeiros e fazendo a (in)segurança dos nossos trabalhadores. Não há dúvidas que a pedagogia Paulo Freiriana conseguiu atingir os seus objetivos: Mascarar as péssimas condições do ensino Brasileiro.

Isso sem mencionar o cunho ignaro-religioso de alguns trabalhadores que insistem em não utilizar os equipamentos de segurança porque Deus vai segurar se ele cair da laje.

Para ilustração deste artigo, seguem as 35 (trinta e cinco) falácias mais famosas ou preferidas pela classe prevencionista e seus simpatizantes:
1) “A profissão de Técnico de Segurança do Trabalho será extinta” (Falácia do terrorista psicológico);
2) “Os SESMT serão extintos” (Falácia do terrorista psicológico);
3) “O CREA ou o Congresso Nacional vai autorizar os Técnicos de Segurança a assinar laudos” (Falácia do  TST acomodado);
4)  “Técnicos de Segurança não podem assinar PPRA” (Falácia do vendedor de  PPRA);
5) “Técnicos de Segurança não podem chefia SESMT” (Falácia do nível superior);
6) “PPRA é um laudo ou encerra um laudo” (Falácia do engenheiro) ;
7) “Atualmente o LTCAT foi substituído pelo PPRA” (Falácia do engenheiro);
8) “Técnico de Segurança pode ser o profissional responsável pelas demonstrações ambientais do PPP” (Falácia do TST desinformado);
9) “Os Técnicos de Segurança serão substituídos pelos tecnólogos e sem chances para os Técnicos que não se formarem no curso tecnológico” (Falácia do terrorista psicológico);
10)  “Rezar/orar antes do início dos serviços evita acidentes” (Falácia do religioso);
11)  “Apenas o Técnico de Segurança contratado pela empresa não forma SESMT” (Falácia do engenheiro);
12)  “O Técnico de Segurança precisa ser registrado no CREA” (Falácia do CREA);
13)  “O Registro do Técnico de Segurança no Ministério do Trabalho e Emprego não tem mais validade” (Falácia do CREA e do desinformado);
14) “Técnicos de Segurança não podem indicar EPI” (Falácia do engenheiro e do desinformado);
15) “Técnico de Segurança estuda mais que Engenheiro de Segurança” (Falácia do desinformado);
16) “A função do Técnico de Segurança é fiscalizar e cobrar o uso do EPI ou ficar rondando os setores de trabalho sem objetivos específicos” (Falácia do desinformado);
17) “Apenas engenheiro pode ser consultor ou abrir empresas” (Falácia, claro, do engenheiro);
18) “Acidentes são fatalidades” (Falácia do advogado);
19) “O trabalhador morreu devido ao acidente porque chegou a sua hora ou foi a vontade de Deus” (Falácia do religioso);
20) “Há situações em que as medidas preventivas não podem ser aplicadas (Falácia do incompetente);
21) “EPI neutraliza a insalubridade” (Falácia do desinformado);
22) “Não faço nada porque não há o que fazer no setor de segurança do trabalho” (Falácia do preguiçoso);
23) “Fiz minha parte: Entreguei o EPI para o trabalhador e o relatório para o patrão (Falácia do irresponsável);
24) “Peão é assim mesmo, deixa ele se lascar” (Falácia do irresponsável);
25) “O Fiscal fica inventando coisas” (Falácia do patrão);
26) “Não preciso estudar porque já sei tudo sobre segurança ou segurança não tem o que aprender e qualquer um sabe segurança” (Falácia do pretensioso);
27) “Sou amigo do Fiscal, conheço as autoridades “X” e “Y” e vou resolver a bronca (Falácia do conversador);
28) “Foi muito difícil resolver esse problema, tive que falar com um amigo meu lá do Ministério do Trabalho que é...” (Falácia do bem relacionado);  
29) “Basta fazer uso conjugado do plug e da concha e somar os NRRsf ” (Falácia do desinformado);
30) “O Médico do Trabalho não precisa visitar os setores de trabalho da empresa” (Falácia do preguiçoso);
31) "Os riscos Ergonômicos e de Acidentes não devem constar do PPRA" (Falácia do eisegeta);
32) "Técnicos de Segurança não podem atuar em perícias" (Falácia do engenheiro);
33) "Existe o Laudo Ergonômico" (Falácia do engenheiro);
34) "Técnicos de Segurança não podem ser Conselheiros ou formar Conselho de Classe" (Falácia do desinformado);
35) "Técnicos de Segurança não podem ser Instrutores de Treinamentos para Trabalhos em Altura, exceto, se participarem de um treinamento de formação de instrutores" (Falácia do vendedor de treinamentos). 

Muitas outras “falácias da Segurança do Trabalho” são largamente utilizadas por maus profissionais no intuito de enganar, contrariar, tirar proveito ou simplesmente fazer terrorismo junto aos colegas, como também, por profissionais mal informados. Não apresentei as provas comprobatórias contrárias a estas falácias de propósito. Cabe a quem alega o ônus da prova. Além de fazer com que os falaciosos  deixem de ser preguiçosos e estudem. Mas em fontes confiáveis.


Risco Químico e Insalubridade





Os riscos da Corrosão – Parte II

Continuando com o assunto corrosão, veremos mais detalhadamente esse processo.

REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO
São reações em que há variação de número de oxidação e em alguns casos, perda e ganho de elétrons. O fenômeno de oxirredução é simultâneo, isto é, sempre que há oxidação (perda de elétrons) há também redução (ganho de elétrons).
Numa reação de oxirredução, observamos que:
·        O elemento oxidado perde elétrons => Age como redutor;
·        O elemento reduzido ganha elétrons => Age como oxidante.
Então:
·        Agente redutor é a substância ou o íon que contém o elemento redutor;
·        Agente oxidante é a substância ou íon que contém o elemento oxidante.
Decorre que:
As reações de corrosão eletroquímica envolvem reações de oxirredução.
Na área anódica (onde se processa o desgaste) ocorrem reações de oxidação, sendo a principal a de passagem do metal da forma reduzida para a forma iônica.
®  M n+ + ne
Na área  catódica que é uma área protegida (não ocorre desgaste) as reações de redução de íons do meio corrosivo, onde as principais reações são:

Em meios aerados:
H2O  +  ½ O2 + 2 e-  à 2 OH-
Em meios não aerados:
2H2O + 2 e- à H2  +  2 OH-

POTENCIAIS ELETROQUÍMICOS
Metal em contato com solução ocasiona passagem de íons para a mesma, resultando numa diferença do potencial entre a superfície do metal e solução.
A tendência à passagem de íons para a solução depende do tipo do metal, caracterizando diferenças de potenciais para os diversos metais. A esta diferença de potencial, característica para cada metal, chamamos potencial de eletrodo.
Quando os metais reagem têm tendência a perder elétrons, sofrendo oxidação e, consequentemente, corrosão. Verifica-se experimentalmente que os metais apresentam diferentes tendências à oxidação.
O potencial de eletrodo mostra a tendência de uma reação se passar no eletrodo, isto é, mede a facilidade com que os átomos do eletrodo metálico perdem ou ganham elétrons.

MEIOS CORROSIVOS
Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. O eletrólito é uma solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais, ácidos ou bases.
Os principais meios corrosivos e respectivos eletrólitos são: atmosfera, solos, águas naturais, água do mar e produtos químicos.
Atmosfera => Contém umidade, sais em suspensão (essencialmente na orla marítima), gases industriais (especialmente gases de enxofre) poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases de enxofre. Outros constituintes como poeira, poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo.
Solos => Contém umidade e sais minerais. O eletrólito se constitui principalmente da água com sais dissolvidos.
Águas naturais (rios, lagos e do subsolo) => Podem conter sais minerais, ácidos ou bases, resíduos industriais, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui de água com sais minerais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo.
Água do mar => Contém grande quantidade de sais, é um eletrólito por excelência. Outros constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos.
Produtos químicos => Os produtos químicos desde que em contato com água, ou com umidade e formam um eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica.
Reações no processo corrosivo
As reações que ocorrem nos processos de corrosão eletroquímica são reações de oxidação e redução. 
·        As reações na área anódica são reações de oxidação. A mais importante e responsável pelo desgaste do material é, a de passagem do metal da forma reduzida para a iônica (combinada);
·        Reação na área anódica:

Mà  M n+  +  ne  ( responsável pelo desgaste do metal).
As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são reações de redução.
As reações de redução são realizadas com íons do meio corrosivo ou, com íons metálicos da solução.
Reações na área catódica
1)     2 H+  +  2 e-  à   H2  (meios neutros ou básicos)
2)     4H+  +  O2 + 4 e-      à   2 H2O  (meios ácidos)
3)     2 H2O + O2 + 4 e-  à 4 OH-   (meios neutros ou básicos)
4)     M3+ + e-   à M 2+
5)     Mn+  + ne  à M
As mais comuns são as de número, 1, 2 e 3 as de números 4 e 5 aparecem apenas em processos corrosivos químicos.
Das reações catódicas podemos concluir que:
-A região catódica torna-se básica (há uma elevação do pH no entorno da área catódica);
-Em meios não aerados há liberação de H2, o qual é adsorvido na superfície e responsável pela sobretensão ou sobrevoltagem do hidrogênio. Este fenômeno provoca o retardamento do processo corrosivo e chama-se polarização por ativação ou polarização catódica;
-Em meios aerados há o consumo do H2 pelo O2, não havendo a sobrevoltagem do hidrogênio. Neste caso não há, a polarização catódica e haverá, consequentemente, a aceleração do processo corrosivo;
-O oxigênio funciona como fator de controle dos processos corrosivos, decorrendo daí a necessidade de desaeração de águas para refrigeração e para caldeiras.
Formas de corrosão
Ocorre de diferentes formas e o conhecimento das mesmas é muito importante no estudo dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser apresentados considerando a aparência ou forma de ataque e as diferentes causas de corrosão e seus mecanismos. Assim podemos ter corrosão segundo: A morfologia, as causas ou mecanismos, os fatores mecânicos, o meio corrosivo, a localização do ataque.
A morfologia => Uniforme, por placas, alveolar, puntifiorme ou por pite, intergranular (ou intercristalina) intragranular (ou transgranular ou transcristalina). A caracterização da forma de corrosão auxilia bastante no esclarecimento do mecanismo e na aplicação de medidas adequadas de proteção.
Uniforme ou generalizada => Se processa uniformemente em toda a superfície metálica. Esta forma é comum em metais que não formam películas protetoras.
Por placas => Se localiza em regiões da superfície metálica e não em toda sua extensão, formando placas com escavações. É  comum em metais que formam películas protetoras que fraturam e perdem a aderência à medida que aumentam de espessura.
Corrosão alveolar => Se processa na superfície metálica produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos.
Corrosão puntiforme => Se processa em pontos ou em pequenas áreas localizadas na superfície metálica produzindo pites, que são cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior do que o seu diâmetro.  Esta forma é comum nos metais formadores de películas protetoras, quando sob a ação de agentes que promovem a destruição localizada de película protetora.
Corrosão Intercristalina =>Quando o desgaste se dá através dos contornos do grão. Esta forma é comum nos aços inoxidáveis sensitizados e nos processos de corrosão sobtensão, temos a corrosão sob tensão fraturante.
Corrosão transcristalina => Quando o desgaste se dá através dos grãos do material. Esta forma é comum nos processos de corrosão sobtensão.

Continua na próxima edição...


Ergonomia




Riscos ergonômicos – Desconforto Térmico

O desconforto térmico ocasionado por níveis de temperaturas e umidade elevados podem ultrapassar a capacidade do aparelho termorregulador humano de manter a temperatura do corpo dentro de níveis seguros. Exposições permanentes ao calor excessivos e baixa taxa de umidade podem causar câimbras, esgotamento, fadiga térmica, e até danos ao cérebro, com AVC – Acidente Vascular Cerebral.

O Índice de Calor (IC), também conhecido como "Temperatura Aparente", é uma metodologia científica que objetiva medir a sensação térmica interpretada pelo corpo humano quando a umidade e/ou temperatura variam. Um exemplo disso é o fato da temperatura do ar de 28° C, combinada com uma umidade relativa do ar de 20% ocasionar o efeito no corpo humano de exposição a uma temperatura de aproximadamente 26,4°C. Se mantivermos a mesma temperatura do ar e elevarmos a umidade relativa provocaremos um aumento da temperatura percebida pelo corpo.
Para calcular o IC devemos considerar que a pessoa avaliada esteja num ambiente interno, sem carga solar, ao nível do mar, e sob vento de velocidade máxima 10 Km/h (Se bem que este último item tem pouco efeito sobre o cálculo). A Tabela I mostra os valores de IC:





O Índice de Temperatura-Umidade (ITU) é um indicador do conforto humano para o verão, baseado em dados relacionados com a temperatura e a umidade do ar:

 ITU = 0,8 Tbs + UR (Tbs – 14,3) / 100 + 46,3 (Buffington/1982)
Onde:
ITU = Índice de Temperatura e Umidade (Adimensional);
Tbs = Temperatura de bulbo seco (OC);
UR = Umidade relativa do ar (%).
Considerando a evaporação como um processo de resfriamento, temos que a evaporação do suor é uma maneira natural de regular a temperatura do corpo. Em ambientes com o ar saturado de vapor de água (muito úmido), ocorre que a perda de calor por evaporação é reduzida por causa desse gradiente de evaporação.

Isso significa que em dias quentes e úmidos os trabalhadores sentem mais calor do que em dias quentes e secos. Essa sensação ocorre com freqüência quando o tempo está mudando o preparando para chover. O efeito abafado do ar úmido e rarefeito devido a alteração na pressão atmosférica provoca falta de ar, cansaço, fadiga e desencadeia a enxaqueca.




Exemplo:
Utilizando os dados marcados na Tabela III:
Tbs = 29,4 oC; UR = 70%, temos:
ITU = 0,8 Tbs + UR (Tbs – 14,3) / 100 + 46,3 => 0,8 x 29,4 + 70 x (29,4 – 14,3) / 100 + 46,3 => ITU = 80,39 (Arredondando: ITU = 80).


UMIDADE RELATIVA
Indica a proximidade do ar em relação ao ponto de saturação.

Fórmula:

UR = W/Ws x 100%

Onde:
UR = Umidade relativa (%);
W = Razão da mistura real do ar (g/Kg);
Ws = Razão da mistura de saturação do ar (g/Kg).

Através dos procedimentos descritos, é possível estimar os níveis de desconforto térmico sofrido pelos trabalhadores, corroborando e complementando o item 17.5.2 da NR-17.

Webgrafia:



4)     AVALIAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO - CONTRIBUIÇÃO À APLICAÇÃO PRÁTICA
      DAS NORMAS INTERNACIONAIS – FUNDACENTRO/2001.


O Leitor pergunta...


O autor responde...





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Reflexão


Conscientizar é treinar, fiscalizar e punir



Datas comemorativas específicas

F E V E R E I R O

Bom carnaval.




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